quarta-feira, 30 de julho de 2008

A insistência da paciência


Do que seria a paciência se não existisse a insistência que a circunda e impulsiona? Aliás, do que seria este blog senão as esperanças de duas leitoras que silenciosamente insistiram em conferir se o lago já havia descongelado e os pássaros voltado....
Anuncio, portanto,
um possível retorno. Agora, quem sabe, mais preparado para dividir com meus (minhas) leitores (leitoras) um pouco dos passos mirabolantes deste humilde cafeicultor-homeopata (não me foi possível adquirir os títulos, mas, quem sabe.... um dia).

Alguns pratos novos serão preparados e algumas receitas antigas já estão separadas, vamos ver se dessa vez engato uma segunda marcha e subo a rampa, sem medo e com direção..... minha metade cósmica já completou aniversário com o blog dela (parabéns!!! - isso sim é esforço que vale a pena ser comemorado, não é mesmo?! e digo mais, AINDA BEM! Do contrário, estaríamos privados das anotações poéticas tão bem-vindas..... continue querida!).
Mas, já no
quase-retorno, indico dois títulos que tenho escutado bastante ultimamente. O primeiro, Quelqu'un m'a dit, da cantora francesa Carla Bruni. É leve, cativante.... minha primeira experiência com musica desse estilo e gostei bastante (já o cd em inglês da cantora não faz meu estilo.... francês ficou tão bom, para que mudar?!!) De qualquer modo, indico o francês: façam o teste.... em especial a faixa 08 (Le plus beau du quartier).
O segundo titulo é a trilha sonora do HOUSE, com faixas mais ritmadas para animar o meio da tarde (inclusive uma dos Rollings Stones, coisa que não ouvia há muito tempo!).
Para registro,
obrigado pela paciente insistência. E vamos lá!

sábado, 1 de março de 2008

A condição momentânea da impossibilidade


Os dados foram, de fato, lançados na quadra quântica. No último final de semana um livro caiu em minhas mãos que apenas confirmou a interligação do todo e a eminente necessidade da recontextualização (reframing). E essa “necessidade urgentíssima” deve estar presente em nossas próprias vidas.
Há poucos dias fui abocanhado por uma onda pesada de contratempos emocionais e reflexivos. Ao invés de conclusões claras e libertadores, fundi-me em pensamentos pesados e nada lucrativos (em qualquer sentido que esta palavra possa exprimir). Ou seja, pisei no mundo antigo da minha forma de pensar e isso não foi nada bom. O dia já estava nublado, mas com o campo mental DESorientado pelo meu velho eu, deparei-me com trevas e raios que partiam minhas propostas, minhas mais novas idéias em migalhas e farelos do nada... pode parecer tenebroso, mas a forma de pensar desconexa, não libertadora e aparentemente dotada de racionalidade é capaz de grande devastação. Dormi cansado, depois de muito rastejar e joguei um pedido derradeiro ao Universo antes de dormir, resto da esperança latente que acredito vivo dentro de cada um nós.
Não se preocupem. A força cósmica é boa de mais para nós todos e, por essa mesma bondade, acordei bem e tudo não passou de um dia não muito bom. Suficiente para refletir sobre a minha forma de pensar naquele período e perceber o quão urgente é preciso MUDAR O PENSAMENTO. E não só o pensamento puro e simples, mas a própria FORMA de enxergar e visualizar o dentro e o fora (contexto e espaço), mas com REcontexto (aqui indico a vocês um texto de minha querida que, por sincronicidade, abordamos assunto correlato:
http://palavraterra.blogspot.com/2008/02/aletheia.html).
É com a própria recontextualização que verificamos a efemeridade do que hoje pode parecer impossível. Através do reframing podemos perceber o oculto do aparente e, assim, retirarmos da literalidade/obviedade frias o aspecto negativo das nossas vidas.
O “livro bem-vindo” informado no início desta conversa foi escrito por Nilton Bonder (o autor judeu, mas que não escreve sobre o judaísmo na sua visão clássica, pelo contrário, alinha o conhecimento à contemporaneidade e desmitifica preconceitos antigos, tornando-os aproveitáveis para quaisquer que se permitam a leitura/absorção), que aborda precisamente o reframing como ponto fundamental em qualquer situação ou área de nossas vidas.
A tarefa é sairmos da estrutura literal do pensamento para uma análise mais ampla e profunda (afastamento e aprofundamento ao mesmo tempo, contínuos, constantes, mas não lineares). A vida não é linear, é ondulatória. “Seguir um caminho tortuoso por linha reta” é a própria expressão do recontexto, da física quântica e do PARADOXO.
O oculto do aparente vem como segundo passo para transformar a racionalidade linear e cartesiana incrustada em nossos pensamentos. Mudamos os significadores para alterar os significantes em nossas vidas e, assim, alcançarmos um resultado mais propriamente próximo da realidade universal daquela situação. Se o Todo está interligado com tudo, a realidade literal não exprime com absoluta completude o real significado de uma situação. Mas, uma análise puramente destinada ao oculto não satisfaria essa mesma completude. Portanto, a interconexão é movimento inerente ao processo de REdescoberta, que deve ser aplicado logo após a própria Recontextualização. Um movimento de idas e vindas, perguntas e respostas com questionamentos, o que reflete o próprio processo de conhecimento: constante, cíclico e sempre em movimento.
Por fim, para degustarem (=refletir) durante o café que irão tomar daqui a pouquinho, retrato uma das estórias contatas pelo rabino Bonder, dignas de propagação:
“Conta-se de um incidente durante a Idade Média em que uma criança de um lugarejo foi encontrada morta. Imediatamente acusaram um judeu de ter sido o assassino e alegou-se que a vítima fora usada para a realização de rituais macabros. O homem foi preso e ficou desesperado. Sabia que era um bode expiatório e que não teria a menor chance em seu julgamento. Pediu então que trouxessem um rabino com quem pudesse conversar. E assim foi feito.
Ao rabino lamuriou-se, inconsolável pela pena de morte que o aguardava; tinha certeza que fariam tudo para executá-lo. O rabino o acalmou e disse: ‘Em nenhum momento acredite que não há solução. Quem tentará você a agir assim é o próprio Sinistro, que quer que você se entregue à idéia de que não há saída’. ‘Mas o que devo fazer?’, perguntou o homem angustiado. ‘Não desista e lhe será mostrado um caminho inimaginável’.
Chegado o dia do julgamento, o juiz, mancomunado com a conspiração para condenar o pobre homem, quis ainda assim fingir que lhe permitiria um julgamento justo e uma oportunidade para que demonstrasse sua inocência. Chamou-o e disse: ‘Já que vocês são pessoas de fé, vou deixar que o Senhor cuide desta questão: vou escrever num pedaço de papel a palavra INOCENTE e em outro CULPADO. Você escolherá um dos dois e o Senhor decidirá seu destino.
O acusado começou a suar frio, sabendo que aquilo não passava de uma encenação e que iriam condená-lo de qualquer maneira. E tal qual previra, o juiz preparou dois pedaços de papel que continham ambos a inscrição CULPADO. Normalmente se diria que as chances de nosso acusado acabam de cair 50% para rigorosamente 0%. Não havia nenhuma chance estatística de que ele viesse a retirar o papel contendo a inscrição INOCENTE, pois o mesmo não existia.
Lembrando-se das palavras do rabino, o acusado meditou por alguns instantes e, com o brilho nos olhos, avançou por sobre os papéis, escolheu um deles e imediatamente o engoliu. Todos os presentes protestaram: ‘O que você fez? Como vamos saber agora qual o destino que lhe cabia?’. Mais que prontamente, respondeu: ‘É simples. Basta olhar o que diz o outro papel e saberemos que escolhi seu contrário’". [In O segredo judaico de resolução de problemas. BONDER, Nilton. Rio de Janeiro: Imago, 1995. 10ed. p.11]

Emprestando a lição do chamado Rabino Verde, enfatizo: A impossibilidade é uma condição momentânea e, quem sabe disso, não desiste. Bom café!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Retorno

Tudo uma questão de física quântica. Pode-se dizer que não estive por aqui ultimamente, mas uma parte de mim nunca se desconectou das linhas aqui iniciadas, do portal aqui aberto para esparramar um pouco dos meus pensamentos-emoções ao longo das ondas de um blog.
Sim, tudo bem, confesso que descumpri uma das minhas próprias regras, de uma atualização semanal dos meus escritos. Contudo, tomando a mesma visão do parágrafo acima, não quebrei nenhuma regra. Apenas adaptei-me a uma passagem da minha própria vida. O distanciamento, portanto, deve ser visualizado por meio de uma perspectiva alienar do espaço-tempo. Ou seja, fui, mas voltei. Demorei? Que nada, sempre estive por aqui!
Tratemos, pois, do que interessa.
Essa semana assisti uma entrevista na Cultura de um respeitado físico quântico, Dr. Amit Goswami. Esquivando-se das perguntas programadas (para não dizer outra coisa) e das posturas fálicas dos entrevistadores (muito mal-educados por sinal!), aquele indiano de pequena estatura (física), pele azeitada, olhar profundo, mas doce, com seu chapéu e roupas que o declaram como alforriado da vaidade e dos excessos do materialismo contemporâneo, deixou a sua mensagem de integração e mudanças de paradigmas (devemos abandonar os velhos paradigmas).

Sempre vi e ouvi a Eugênia falar do Goswami, eu também assisti Quem somos Nós e O Segredo, aliás, virei “fã do segredo”, comprando o livro e tudo mais (não vou entrar no mérito aqui se contribui ou não para o “$egredo” dos escritores). Mas até então eu não havia tomado coragem de aprofundar, com um olhar mais atento, as construções e conceitos trabalhados pela Nova Ciência (New Science), na qual se insere a Física Quântica.
Energeticamente impulsionado pela fala amiga e cativante do Dr. Goswami, nesse domingo resolvi retirar da gaveta A Janela Visionária e li, pela primeira vez, o subtítulo do livro: Um Guia para Iluminação por um Físico Quântico.
A Nova Ciência vem abordar, sob a visão da própria ciência, a vida e suas circunstâncias no seu todo, no seu sentido universal, mas com a revisão dos paradigmas antigos e da forma de analisar os próprios aspectos da vida. Entre as definições derrubadas, o renomado físico quântico ressalta que NEM “tudo vem da matéria”, além de tecer rápidas linhas sobre as implicações invisíveis sobre nossos pensamentos e caminhos nesta Terra.
Eu acredito nisso: integração. E, como sagitariano que busca, eu acredito (e gosto) da mudança de paradigma. Dias atrás li uma reportagem sobre um pesquisador americano que desenvolveu um projeto para tornar os EUA livres da necessidade do petróleo. Sua pesquisa abordava uma nova matéria de combustível, bem como a conscientização da população americana sobre o seu uso (remodelando o pensamento sobre qual combustível utilizar em seu veículo). Num prazo aproximado de 30 anos, o país todo (com todos os seus milhares de habitantes) estaria utilizando essa nova tecnologia. Afora o aspecto absurdamente interessante da matéria, o que mais me chamou a atenção foi a principal fala do cientista sobre a sua pesquisa: “é necessária uma revisão do que entendemos por combustível. A utilização do petróleo deve ser tratada como ‘produto obsoleto’, assim com hoje já não utilizamos diesel para acendermos uma lâmpada”. A propósito, não foi dito na reportagem se o Governo Americano se interessou pela pesquisa.
Gosto de ver que ao longo dos continentes desse nosso Planeta, muitas vozes já reclamam atenção sobre a necessidade da revisão de conceitos, da mudança do nosso olhar sobre o que acontece, sobre o que aconteceu e sobre o próprio futuro dos atos hoje praticados.
Tudo é integração. A nova forma de pensar, os novos conhecimentos, sejam científicos, filosóficos, espirituais ou puramente materiais (até estes já mudaram).
Eu acredito nisso. Você não?
Voltarei com mais depoimentos sobre o assunto conforme o desenrolar das páginas do livro.... sintam-se livres para as suas opiniões. A proposta de hoje é bem quântica: venham para quadra comigo.